sexta-feira, 16 de agosto de 2019

A MORTE DE UM GRANDE LÍDER

Equipe de Sao Paulo, junto com equipe técnica durante um congresso em São Paulo. Ao centro Dr. Hermes Pardini

Morreu o homem Dr. Hermes Pardini, médico, empresário de grande sucesso na área laboratorial. Infelizmente, a morte, que não poupa ninguém, escolheu agora este momento para este grande homem partir.

Entre centenas ou milhares de boas ações que este homem praticou em vida, sempre com atenção e carinho a todos que o procuravam, eu tive nele o meu anjo da guarda, pessoa que literalmente mudou minha vida.

Meu espaço no Linkedin é pequeno, mas vou resumir ao máximo minha relação com este grande homem. Não o conhecia pessoalmente, apenas por nome, quando ele chega até mim em Salvador, durante um congresso e me convida para gerenciar a parte comercial de coleta de apoio a outros laboratórios, projeto ainda bem no inicio. Aceitei o desafio e depois de 11 anos, fiz a minha parte e com a visão empreendedora do Dr.Hermes Pardini, tornamos o laboratório num dos maiores do mundo. Os números são fáceis de confirmar. Hoje, não existe um laboratório no Brasil que nunca foi ou é cliente do Laboratório Pardini. Quando deixei a empresa em 2006, havíamos na nossa carteira mais de 9600 clientes cadastrados e um volume médio diário de 30.000 pacientes.

Minha lembrança do Dr. Hermes Pardini não se resume somente ao trabalho, mas sim a momentos que passamos juntos em situação inusitada, como certa vez ele me convidou para acompanha-lo ao cinema onde assistimos juntos o filme “Mestre dos Mares” ou em outra ocasião, no Shopping Center da Barra fomos ver junto um filme brasileiro que era sucesso na epoca. Eu, entre tantos, era escolhido por ele para este tipo de evento e muitas ocasiões, eu era chamado na sala dele, no final do expediente, e assistíamos na TV algum filme ou documentário. Lembro certa vez que estavamos em São Paulo, em visita ao nosso escritório naquela cidade, quando ele mostrou desejo de comer pastel numa feira livre. Lá fomos nós dois e ele estava muito feliz,pois era uma coisa que não conseguia fazer em Belo Horizonte por ser uma pessoa muito conhecida. Por cerca de quase 02 anos morei numa casa vizinha da dele, casa esta, que antes da minha chegada, era moradia de sua filha Regina Pardini. Uma recordação que é inesquecível, que sempre que eu voltava de viagem, ele, junto com o Jorge, sempre íamos jantar num dos diversos restaurantes da região e as vezes ficávamos jogando conversa fora até o bar fechar. Fizemos isso muitas e muitas vezes.

Tenho muitas saudades deste grande homem, que através da sua empresa, terá o seu nome imortalizado e daqui a muitas gerações ainda falaram em Hermes Pardini. Que assim seja. Descanse em paz, meu grande amigo. Vou sentir muito sua falta.
Luis Antonio Gonçalves

sexta-feira, 21 de junho de 2019

O MUNDO MÁGICO DOS SONHOS.

Qual é a magia do sono. Onde ele nos leva?


Dormir, sonhar, parece ser natural para todos, afinal todo mundo dorme e sonham, mesmo que seja de vez em quando ou quando acordam assustados com pesadelos.
Por que estou escrevendo sobre isso? Bem, creio que com o passar dos anos, as pessoas vão prestando mais atenção em detalhes que a juventude e as necessidades de sobrevivência não permitem ou não consideram importante prestar atenção nos sonhos.

Acordado, todo mundo tem um sonho: ser rico, ter mais saúde, ganhar na loteria, comprar uma casa, ter os filhos formados numa boa faculdade, ter um bom emprego, enfim, são milhares de sonhos, e toda pessoa tem um ou vários.
Sonhar acordado! Todo mundo tem seu sonho.

Mas neste artigo, quero falar dos sonhos que aparecem quando você esta dormindo. É incrivel a capacidade do cerebro em trazer a vida (nos sonhos aparecem reais) pessoas que cruzaram sua vida a muitos anos atrás e nunca mais se encontraram. Outro dia, tive um sonho de estar numa festa cercada de pessoas que nunca tinha visto e de repente entra na sala, aplaudido como convidado especial, um amigo que trabalhou comigo na LTN, o Oswaldo, o Mineirinho, de quem não tenho noticias à mais de 30 anos. No sonho ele estava igual, apenas com os cabelos mais longos. Impressionante a riqueza de detalhes deste sonho, onde sentamos numa mesa para conversamos e do nada ele desaparece e no seu lugar surge outra pessoa e depois outra.

Os amigos, os desconhecidos, parentes, aparecem e desaparecem nos sonhos.

Em outra ocasião, tive um sonho que nele convivi com uma pessoa, que já deve ter partido deste mundo, chamado sr. Wilson, que foi meu chefe quando eu trabalhava numa empresa de concreto, em 1983. Nunca mais tive noticias dele e depois de tanto tempo ele aparece no meu sonho e isto em deixou intrigado e me levou a escrever este pequeno artigo.

Não sei se isto é fruto da idade, ou se agora temos mais tempo ocioso, infelizmente, para pensar nisso, mas toda noite, os sonhos surgem e alguns, quando acordo, simplesmente desaparecem, mas outros, como o que citei acima, ficam gravados no subconsciente. Lembro de um sonho que conversei com minha mãe como fazíamos quando ela era ainda viva. E assim, tem sido praticamente todos os dias, sempre os sonhos acontecem quando estou proximo de acordar. Fiz uma pesquisa sobre isso e vejam o que falam os especialistas: (texto extraído da Wikipédia)

"O sonho é uma experiência que possui significados distintos se for ampliado um debate que envolva religiãociência e cultura. Para a ciência, é uma experiência de imaginação do inconsciente durante nosso período de sono. Para Freud, os sonhos noturnos são gerados, na busca pela realização de um desejo reprimido.[1] Recentemente, descobriu-se que até os bebês no útero têm sono REM (movimentos rápidos dos olhos) e sonham, mas não se sabe com o quê. Em diversas tradições culturais e religiosas, o sonho aparece revestido de poderes premonitórios ou até mesmo de uma expansão da consciência.
A psicanalise tenta explicar o sonho, mas é tão complexa esta interpretação.

Para a psicanálise o sonho é o "espaço para realizar desejos inconscientes reprimidos". O pesquisador James Allan Hobson considerou "os sonhos como um mero subproduto da atividade cerebral noturna". Existem duas fases do sono. A primeira é o sono de ondas lentas, em que a atividade do cérebro é baixa e, por isso, não se formam filmes em nossa mente, apenas pensamentos mais ou menos normais que passam em uma espécie de tela escura, em imagens. Já a segunda fase é de alta atividade e nomeada REM - sigla em inglês para "movimentação rápida dos olhos" (Rapid Eyes Movement). E é durante a fase de REM que os sonhos ocorrem, pelo menos nos adultos. [2]"
Acordar depois de um sonho lindo é sempre reconfortante.

Bem, de qualquer forma, acordar depois de um sonho, dá uma sensação que o corpo esta recuperado. Estranha e ao mesmo tempo fantástica esta sensação.
Oxalá que todos tenham esta mesmo sensação.

quarta-feira, 5 de junho de 2019

PEDRO, HOSPITAL E O MÊS DE MAIO.


No mês de maio tive que andar na corda bamba o tempo todo

Creio que todo mundo conhece a expressão “hoje eu devia ter ficado no cama”, bem, eu poderia dizer o que mês de maio foi muito atípico para mim, pois tive altos e baixos de forma muito marcante.
A cerca de 03 meses, no final de janeiro, estava com umas parcelas do meu carro atrasadas e o carro parou de funcionar. Levei o veiculo no mecânico que já o havia consertado anteriormente, quando queimou o  cabeçote e o diagnóstico foi desastroso, tinha queimado o modulo de comando. Peça cara e eu não teria condição de mandar fazer o conserto.
Meus carros dos ultimos tempos. Focus e agora Paraty

A solução surgiu de modo inusitado, o mecânico ofereceu uma troca, ele ficaria com meu carro, assumiria as parcelas em atraso, que naquele momento, já eram 04 e em troca eu ficaria com um carro dele, velho, mas com boa mecânica e pneus novos. Pronto, trato feito, e eu troquei um automóvel focus automático 2004 por uma Paraty  1000 16 válvulas, ano 1999, que esta isento do pagamento do IPVA.

Embora com o carro mais velho, estava bem para mim e toquei a vida por dois meses, fiz diversas visitas e em momento algum bateu arrependimento de ter feito a troca, até que o mês de maio chegou...

Tinha ido a São Carlos e quando estava na estrada, senti que o carro perdera força. Reduzi marcha e logo a frente tinha uma ladeira grande e consegui chegar ao meu destino, sem que o carro falhasse, apenas ele morria, quando colocava em ponto morto. Os comandos do painel marcavam temperatura e oleo como normais. Estacionei o carro e depois de umas 03 horas, fui dar partida, o motor pegou, mas ao examinar o que tinha acontecido, não havia uma gota de água no motor. Havia soltado uma mangueira e toda a água do radiador e reservatório haviam vazado. Quando coloquei água no radiador, o carro não pegou mais. Liguei para o mecânico e o mesmo deu o diagnóstico: cabeçote trincado. Valor do serviço: R$ 1.700,00.

Depois de soltar mil palavrões, tem que encarar a realidade e logo veio um guincho e transportou o carro para a oficina em Itirapina, onde o mesmo ficou parado, por falta de dinheiro para o conserto até o dia 20.
Gravação do Programa "Mais Caminho" com meu tio Nicola Gonçalves

Bem, como estava tudo em ordem agora, apenas mais uma divida no currículo, eu tinha um compromisso social em São Carlos, onde o pessoal do programa “Mais Caminho”, na figura do Pedro, o filho do cantor Leonardo, viria na oficina do meu tio Nicola Gonçalves, entrevista-lo sobre sua obra benemérita de fazer muletas e bengalas a mais de 40 anos à toda pessoa que precise, sem nunca ter cobrado um único centavo. Foram até o dia da reportagem, cerca de 10.000 pares de muletas e 4.000 bengalas.

Quando cheguei na oficina, a equipe de reportagem já estava a posto, gravando cenas da oficina e eu iria dar um depoimento sobre meu tio e também sobre o fato de ter utilizado por muito tempo um par de muletas feita especialmente para mim, quando quebrei a perna.

Nem percebi nada, mas minha surpresa foi quando um jovem veio ao meu encontro e me deu um abraço agradecendo a minha presença. No primeiro momento, apenas o cumprimentei e no instante seguinte foi que notei que tratava-se do filho famoso do cantos Leonardo, o Pedro, que num momento tragico de sua vida, sobreviveu a um grave acidente automobilístico.
Eu e o Pedro

Ficamos conversando uns minutos sobre o nossos acidentes e confesso que fiquei fã de imediato de rapaz, não pelo que ele é, pela fama que tem, mas pela simplicidade e simpatia. Pessoa rara. No tempo que durou a gravação, cerca de umas 03 horas, ele não se furtou em momento algum em atender as pessoas que dele se aproximava para uma Self ou um simples abraço. A reportagem vai ao ar dia 22 de junho, na EPTV da região de São Carlos.

A vida segue, e nos dias seguintes, fiquei praticamente em casa, pois não tinha nenhum compromisso agendado, até que na madrugada do dia 24,  acordei com uma forte pressão no peito. Acordei minha esposa, tomei um medicamento que ela usa para o coração e fomos ao Hospital de Itirapina, ainda de madrugada.
Hospital São José - Itirapina

Lá chegando, fui atendido por um médico sonolento, que mandou um técnico, também sonolento, fazer um eletrocardiograma e um teste de troponina. Feito isso, mandaram eu esperar numa sala e minutos depois, o médico disse que eu podia ir embora, que estava tudo normal. Bem, se esta tudo normal, vamos embora. Cheguei em casa por volta das 7:00, tomei um café reforçado e fui ver minhas mensagens no computador. A pressão no peito não havia parado e resolvi tomar um comprimido de dipirona e a sensação de peso no peito ficou acentuada e continuei com minhas atividades até por volta de 16:00. Minha esposa estava intranquila. Queria de qualquer maneira que eu fosse no médico novamente, mas desta vez em São Carlos.

Acabei cedendo aos seus apelos e fomos até a Santa Casa da cidade. Lá, depois dos procedimentos iniciais, fui atendido por um médico bem jovem, que pediu que fosse feito alguns exames, apenas para ter um diagnóstico correto. Como eu estava bem, apenas com um pequeno incomodo no peito, achei que tudo terminaria rapidamente. Fiz um eletrocardiograma e colheram sangue para fazer o exame troponina e pediram para aguardar. Duas horas depois, vem um médico e diz que eu tive um infarto e que precisaria ser internado para avaliar a dimensão do evento.

Fui encaminhado para o Centro de Terapia Intensiva (CTI) Coronariana e lá fiquei monitorado de sexta até domingo pela manhã, quando fui transferido para um quarto. A medicação continuava e assim passei o domingo, a segunda e a terça sem nenhuma atividade, apenas esperando a equipe de Hemodinâmica me chamar para fazer o cateterismo, o que aconteceu por volta de 18:00 horas. Estava muito tranquilo, sem nenhuma preocupação e quando entrei na sala para fazer o cateterismo, até o ambiente era muito simpático, com o corpo técnico de pessoas alegres e após fazer os procedimentos de fixação do soro nas veias, entrou na sala um médico simpático e ficou conversando comigo e depois de uns 15 minutos, ele disse, “pronto, coloquei um stent, acabou”
Confesso que nem percebi, não senti dor e demorou mais para a preparação e termino dos procedimentos, do que o exame propriamente dito. Cerca de 40 minutos, já estava na sala de recuperação, em companhia da minha filha. Os médicos mandaram chama-la e quando ela voltou, estava com olhar assustado, pois o médico disse a ela que o meu estado foi classificado como gravíssimo, pois eu havia sofrido um infarto agudo no miocárdio e que não havia morrido, pois Deus deve ter destinado a mim ainda alguma tarefa.

Equipamento utilizado para fazer cateterismo

Fiquei mais assustado depois do exame do que nos dias que o antecederam, mas agora esta tudo bem. Estou medicado e em repouso e dentro de uns 10 dias já vou poder começar a caminhar um pouco a cada dia. Enfim, o susto passou e o mês de maio também. Agora é vida nova e novos desafios.

quarta-feira, 24 de abril de 2019

LEMBRANÇAS DE UMA INFÂNCIA FELIZ

A MELHOR FASE DA VIDA


As vezes, quando estamos concentrados em nosso mundo, do nada vem uma lembrança de um momento vivido à muitos e muitos anos.  Isto sucede com todo mundo e sempre com estas lembranças vem nome de pessoas que já partiram, outras que você nunca mais viu, lugares que um dia, somente uma vez você passou, mas aquele instante volta como um filme, onde os personagens estão ali ao seu lado, compartilhando aquele momento, como se o tempo não tivesse passado.
Um tempo para esquecer.

Como se houvesse uma maquina no tempo, consigo recordar momentos que aconteceram quando ainda era um garoto. Por ter bronquite, certa feita, com uma forte crise de asma e pela carência de dinheiro e medicamento na epoca, minha mãe, cuidava de mim da maneira que podia, me colocando sob uma toalha sobre uma bacia com água quente e Vick Vaporub e eu ficava ali procurando o ar que insistia em faltar. Lembro que certa vez, creio que ainda tinha uns 03 anos, eu tive uma crise tão forte da bronquite, que além das benzedeiras, que era muito comum na epoca, veio até um padre na minha casa, acho que era para dar extrema unção. Não lembro, evidentemente do rosto, mas me recordo daquela figura toda vestido de preto ao meu lado.

UMA IMAGEM QUE NÃO DÁ PARA ESQUECER

Aos trancos e barrancos consegui sobreviver e a  vida seguiu seu caminho, com a primeira escola, onde a primeira professora Dona Alzira, me ensinou as primeiras palavras com a cartilha Caminho Suave. Se estivesse viva, esta professora já teria mais de 100 anos, mas eu me recordo dela, bem como a professora Rute, que a sucedeu, como se tivesse as encontrado hoje.
Meu primeiro livro

A recordação dos anos da infância nos remete a lembranças mágicas, como a primeira vez que andei de bicicleta. Era uma rua de terra e meu pai foi equilibrando a bicicleta enquanto eu pedalava e quando dei por mim, meu pai já tinha deixado a bicicleta aos meus cuidados. Não me recordo de ter caído,mas deve ter acontecido.

No bairro onde cresci, era todo de terra batida e nos idos de 1960, o prefeito autorizou o asfaltamento do bairro. Foi uma período fantástico para nós, pois primeiro os trabalhadores abriam grandes valetas no meio da ruas para colocação das redes de esgoto e água e era ali que brincávamos. Em alguns lugares as valetas, que hoje seriam feitas com uma retroescavadeira, na epoca, era na pá e picareta e chegavam a mais de 02 metros de profundidade. Chegava em casa todo sujo daquela terra vermelha. Inesquecível!
Era assim as valetas de nossa infância

Quando tudo estava concluído, começou o serviço de asfalto e ai o problema era outro, pois a técnica usada na epoca consistia em colocar camadas de pedra, entremeadas por piche, e na cobertura, era jogada uma camada de pedras bem pequenos, pedriscos, para dar o acabamento. Aquele pedrisco era o nosso inimigo. Não havia um moleque da rua que não tinha joelho esfolado pelos tombos que ela proporcionava por ficar escorregadia.

Quando o asfalto já estava limpo, começamos a brincar com carrinhos de rolemâ. Era muito bacana descer a avenida do bairro a toda velocidade, sem se preocupar de teria algum carro no caminho, e era uma festa. De vez em quando um caia, se esfolava todo, levantava, sacudia a poeira e seguia em frente.  Brincávamos o tempo todo, até a noite, quando as famílias sentavam à porta das casas para conversar, ouvir radio e sempre inventávamos uma nova brincadeira. Consigo lembrar de vários amiguinhos daquela epoca, mas o tempo, sempre ele, se encarregou de separar todo mundo.

Era uma delicia descer as ladeiras do bairro sem pensar no perigo

Eram muitas as brincadeiras da epoca. Pião, bolinhas de gude, figurinhas do filme “Os Dez Mandamentos”, dos jogadores das Copas de 58 e 62. Não entendia nada, mas como num filme, tenho a imagem dos homens aglomerados por volta meio dia, defronte ao Bar do Toninho, ouvindo a transmissão do jogo Brasil e Suécia, quando o Brasil conquistou o primeiro titulo mundial de futebol e o mundo passou a reverenciar o garoto Pelé. Foi um foguetório enorme e para nós garotos, tinha 07 anos na epoca, tudo era festa e encontramos uma bomba que não havia explodido e na inocência, resolvemos abri-la. Eu, o meus amigos Wille e Tim. Era o que chamávamos de bomba morteiro. Cortamos ela e espalhamos a pólvora na calçada e o Tim, o mais velho do grupo, acendeu um fosforo e jogou sobre a pólvora. Houve aquele fogo rápido e violento e ele ficou todo queimado no rosto. Desnecessário dizer que levamos a maior surra de nossas mães.
Que viveu esta epoca não esquece este momento.

Tudo era brincadeira, até quando corríamos risco de morrer. Na região que morava, tinha a Lagoa do Turco e dela saia um riozinho, que tinha o nome de Bernadino. A lagoa não tinha uma grande profundidade, e era tomada por plantas aquáticas. A brincadeira que fazíamos, era mergulhar por baixo destas plantas até um buraco no meio delas. Respirar e ir para um outro ponto e assim passávamos horas, logico que nossos pais não tinham a menor idéia de onde estavamos e nem o administrador da fazenda onde ficava a lagoa, pois quando percebia que a molecada lá estava, ele vinha a galope num cavalo branco e colocava todo mundo a correr. Os que ficavam pra trás, corriam o risco de perder as roupas, pois sempre nadávamos pelados e as roupas ficavam na margem da lagoa
.
Hoje a Lagoa do Turco virou um ponto turístico da cidade

Grandes momentos e longas caminhadas. Além do riacho do Bernadino, tinha mais dois rios na região, que íamos nadar. No Bernadino, era muito raso, tinha muita lama e dava apenas para se molhar ou fazer guerra de bolas de barro. O outro riacho era a Água Quente, que ficava na base de uma grande descida, mas era muito ruim nadar naquele local, então íamos para um outro rio, que ficávamos um pouco mais a frente, a Água Fria, e lá havia espaço e água suficiente para todos se divertirem, mas para voltar para casa era um sofrimento, pois a mesma ladeira que descíamos na vinda tínhamos que escalar na volta. Como era difícil. Hoje, de vez em quando, passo por lá e está tudo asfaltado, e tudo fica fácil de carro, mas quando eramos garotos, vinhamos a pé, as vezes descalços, sob um sol escaldante, não era fácil.

Os rios da infancai eram assim, rasos, mas limpos

Hoje a cidade cresceu e onde passei minha infância esta tomada por casas, mas no idos de 1960, havia uma grande plantação de eucaliptos e uma floresta de pés de manga. Era o nosso local predileto para brincar. Nos eucaliptos brincávamos de mocinhos e bandidos e era fácil de se esconder. Nossa, como era gostoso ficar no meio daquelas arvores. Ainda dá para lembrar o aroma das folhas do eucalipto. 
Eram centenas de pés de mangueiras e foram trocadas por casas populares

Na plantação dos pés de mangas era uma imensidão de arvores, que muitos garotos já mais velhos, conseguiam passar de uma arvore para outra e para outra, mas isto, de repente, tudo veio abaixo. Resolveram construir no local onde havia as mangueiras uma vila de casas, que acabou levando o nome de uma novela da epoca, Redenção.  O projeto fez tanto sucesso que o ator principal da trama, Francisco Cuoco, veio participar da entrega das casas.

Simbolo da TV Tupi. As vezes ficavamos horas vendo esta imagem;

Eramos pobres, andávamos com roupas simples, mas eramos felizes com nossos pais, com nossos amigos, e quando começou a chegar a televisão, um vizinho que tinha mais posse, comprou o primeira aparelho de televisão do bairro e ele deixava a gente assistir o programa do Vigilante Rodoviário na TV Tupi. Era aquele grupo de moleques sentados no chão da sala assistindo as epopeias da vigilante Carlos e seu cachorro Lobo. Se quiserem matar a saudades , ou descobrir como era, entre no link abaixo e curta um bom momento de 1962.



Numa próxima publicação, escrevo mais algumas lembranças.



segunda-feira, 15 de abril de 2019

A MAGIA OU LOUCURA DA TATUAGEM



Pois é, virou moda! Agora tatuagem esta na crista da onda e as empresas especializadas estão cada vez se esmerando mais na qualidade e no bom gosto dos trabalhos e o numero de adeptos cresce vertiginosamente a cada dia.

Nem sempre foi assim, voltando a meu tempo de infância, isto à mais de 60 anos, quem usava tatuagem era considerado marginal pelos meus próximos, mas era bonito de ver, através do olhar de um menino de 08 anos. Tinhamos um vizinho de rua que já havia sido preso e tinha nos braços tatuagem de rosto de mulher, uma cruz e algumas palavras. Estas tatuagem, contavam que ele havia feito na prisão, daí a ideia que tudo mundo que usava tatuagem era marginal e cresci, não os vendo como marginais, mas como pessoas diferentes, homens fortes, corajosos, pois fazer uma tatuagem doía muito, diziam. Certa epoca, resolvemos num grupo de garotos fazer tatuagem com o caroço do caju. Ficamos que uma queimadura no braço que demorou muito tempo para desaparecer Ainda não havia televisão para ver os filmes do Marinheiro Popeye e com isso, não tinha referencia.

Não recordo de ter visto nunca uma mulher usando tatuagem, mas como meu mundo era muito pequeno, é possível que já havia em algum lugar, mulheres de vanguarda, que já ostentavam algum tipo de tatuagem. As mulheres sempre foram valentes em enfrentar os desafios que a sociedade impunha. Veja quando quebraram o tabu de usar na praia o maio de duas peças, o surgimento do biquíni, a cena celebre da atriz Leila Diniz, gravida, usando biquíni na Praia de Copacabana. Era a noticia de primeira pagina da epoca.


O tempo passou e lentamente, aquelas tatuagens usadas principalmente pelos marinheiros, com uma ancora no braço, uma imagem de santo no outro, uma cruz, e outros símbolos, foram sendo substituídas por verdadeiras obras de artes e porque não dizer algumas aberrações.
















Será que esta é uma moda que vai passar? No meu tempo de Jovem Guarda, era normal usar cabelos compridos como Ronnie Von, calças boca de sino, camisas com lapela e hoje é impensável usar uma roupa assim. Simplesmente a moda acabou, como acabou centenas de outras modas que surgiram, tiveram seu tempo e desapareceram.


Lá pelos idos de 1960, para entrar num cinema, era necessário, mesmo ainda garoto, usar gravata, ou não entrava. Hoje, praticamente nem cinema existe mais, com exceção dos instalados em shopping center.  Raros são os cinemas que funcionam ainda nas cidades, devagar foram sendo substituídos pelos programas de televisão, que a cada ano ficava mais forte e atraente e o mundo foi evoluindo e se modificando muito rapidamente. As grandes orquestras que abrilhantavam os bailes de antigamente, hoje são substituídos por um DJ cheio de aparelhos eletrônicos. Mais uma moda que passou. Hoje, com a chegada da Internet e dos celulares, o mundo mudou de novo. O que esperar do futuro?

Fumar era chic. Ninguém prestava atenção se fazia bem ou mal à saúde, o importante era fumar, os cigarros  que faziam sucesso na epoca era o Minister, Hollywood, Continental, Macedônia (cigarro sem filtro) e hoje, creio que nem estas marcas existem mais e o habito de fumar ficou limitado a lugares abertos. O que era chic virou brega.


O tempo corroí as lembranças e a moda vai sendo substituída por outra, por outra e mais outra e agora é a vez das tatuagens? Será que ela vai resistir ao tempo? Será que daqui a 20 ou 30 anos ela fará o mesmo sucesso de hoje? Difícil imaginar, pois tudo muda.Talvez a medicina já esteja pesquisando alguma pilula do arrependimento, pois se um dia a moda acabar, vai restar uma droga para apagar os sinais da moda atual. 


Quem viver verá, mas por enquanto, vale a pena curtir os lindos trabalhos que estas pessoas corajosas, permitem que façam em seus corpos.


sexta-feira, 29 de março de 2019

AS FLORES DO JARDIM DA NOSSA CASA

Disco de Roberto Carlos com a musica Flores

O titulo lembra uma musica do Roberto Carlos, mas não considero isto um plágio e sim uma frase que dará forma ao texto que publico abaixo.

Uma cena bucólica de uma casa tomada pelas flores


O verão terminou e com eles as chuvas, que neste ano vieram de forma torrencial e causaram muitas mortes e destruição em diversas regiões do Pais e de outros lugares do mundo, mas ela trouxe também muita água para as lavouras, para as represas, e fez o verde tomar conta de todo espaço possível. Em qualquer buraquinho de terra, mesmo num local cimentado, do nada, surge uma plantinha. É o milagre da natureza, que embora muitas vezes feroz, é quem nos proporciona a continuidade de nossa existência.

As primeiras flores do pé de mamão
Sem água, sem vida! E este ano temos fartura deste bem tão precioso, que pela sua importancia foi comemorado no dia 22 de Março como o Dia da Água. Trazendo o assunto para a minha realidade, moro num bairro rural, onde as ruas não são asfaltadas e a poeira e os buracos são nossos fieis companheiros durante grande parte do ano, até que começa o período de chuvas. Ai, a poeira tira férias e ela é substituída por grandes enxurradas, principalmente na frente da casa onde moro, que transforma os buracos corriqueiros, característicos de ruas de terras em verdadeiras crateras. E o estado das ruas ficam tão afetados que é necessário uma maquina motoniveladora da Prefeitura arrumar a rua semanalmente.
Lembrança do Casamento de minha filha.

Estas flores trazem uma magia no ar. Lindas
 Mas falemos do lado bom das águas. As plantas renascem. Tudo cria vida e o ar fica mais puro, e os jardins ficam floridos. E são tantas flores que agora começam a se despedir da gente para voltar somente daqui a alguns meses, pois a maioria delas não gostam do outono e inverno, mas voltam a tornar tudo mais bonito a partir de setembro, quando começa a primavera e ai o circulo retorna ao seu normal, chuva até março, plantas viçosas, ruas com buracos, casas caindo em favelas, barragem desmoronando e assim tem sido e assim sempre será.
Orquidea branca, já se despedindo do verão
Só a natureza pode oferecer este beleza.

Nascendo para brilhar

Em casa, temos alguns vasos plantados, que são cuidados com muito carinho pela Dona Zezé e este trabalho sempre é recompensado com lindas flores e isto me inspirou a escrever este curto artigo. Uma homenagem à natureza, aos amantes das flores e ao carinho que minha esposa dedica  a elas. 



segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

MORAR NO PARAISO E VIVER NO INFERNO.



 
Um lindo lugar para se morar.
Titulo cabuloso, mas reflete bem o momento que estou vivendo. Moro num lugar paradisíaco, com muitas arvores, água, pássaros, internet, TV a cabo e todas as modernidades da vida atual. Estou bem casado, afinal já esta completando 50 anos de parceria plena. Sou feliz por ter uma família bem constituída com 03 filhos, 07 netos e 03 bisnetos, além de um cachorro da raça Dog Alemão, com nome de Bento.
Este é o lado do Paraiso. Otimo lugar para passar o resto da vida em paz, sem preocupações, afinal, com 67 anos, o corpo já não tem a mesma disposição de quando tinha 35, mas isto ainda é contornavel.
O lado Inferno vem da parte financeira e ai o bicho pega e nada consegue apaziguar os pensamentos. Certo dia, tudo estava indo bem, tinha um bom carro, uma excelente casa, um emprego que supria minhas necessidades e uma cerimonia sem grande importancia numa cidade distante da minha 200 quilometros. Era uma promoção de cargo que meu neto, na epoca frequentador do Demolay, havia recebido.
O local da queda.

Com a familia reunida, eu, minha esposa e 04 netos, saimos num sabado pela manhã, num dia ensolarado, estrada vazias, perfeito para viagens e como estavamos passeando resolvi  parar num posto de combustivel  no caminho para mostrar às crianças um mini zoologico que lá havia, não antes, porém, de entramos no restaurante do posto, usar os sanitários e comprar guloseimas para os netos. Tudo dentro de script, mas ainda entra em cena o imponderavel, o imprevisto, o momento que mudou minha vida para sempre.
Naquele momento, uma senhora estava fazendo faxina na frente do restaurante e jogava água na escadaria que dava acesso ao posto e para não correr risco de cair, resolvi utilizar a rampa destinada a cadeirantes e foi ai, neste local, que deveria oferecer segurança aos usuários, originou a minha desgraça. O piso era emborachado e estava molhado e eu, que estava utilizando um tênis também com sola de borracha, escorreguei e cai estatelado de costa, com a perna direita quebrada.
A dor foi imediata e agonizante. Até a chegada do socorro passou um tempo proximo de 01 hora e por ironia, a água que a senhora estava jogando na escadaria, agora escorria pela rampa e passava sob meu corpo. Deitado, com água correndo pelas costas e com a dor insuportavel, tive a tentativa de apoio de diversas pessoas que paravam para perguntar se eu estava bem, se precisava de ajuda, mas, de fato, ninguém poderia ajudar, salvo o pessoal da equipe de socorro da rodovia, que ao chegar, imobilizaram minha perna e me colocaram numa ambulância e me levaram para uma cidade a cerca de 40 quilometros do local.
Santa Casa de Taquaritinga - onde fui levado pela ambulância

Minha esposa e três dos meus netos,  ainda crianças, ficaram no posto aguardando a chegada de meu filho e o neto mais velho foi na ambulância comigo. No hospital, após a radiografia, ficou constatada a fratura da tíbia e da fíbula e o procedimento correto era cirúrgico. Apesar da dor que estava sentindo, minha preocupação maior era com minha familia, e somente após algumas horas foi que pude reencontra-los. No hospital fizeram uma imobilização da perna e me aconselharam a voltar para minha cidade, onde eu poderia fazer a cirurgia e ter uma melhor recuperação.
Até ai, tudo estava dentro da normalidade. Chegando na minha cidade, fui prontamente hospitalizado e um ortopedista de plantão, após radiografar a perna, chegou ao mesmo diagnostico do médico anterior. Uma cirurgia simples, com a introdução de uma vareta de aço inoxidável por baixo da pele, fixando a tíbia em 06 lugares. Imobilização e repouso. O tempo passou e depois de dezenas de radiografias, após 07 meses, o médico me liberou para caminhar, sem muletas. Estava curado, segundo ele.
Já em melhor condição, mas com a gaiola na perna.

Sai do consultório feliz e andando! Ufa! Como era bom voltar a caminhar, ter a vida de volta e já no dia seguinte, viajei a trabalho e durante o dia, após caminhar uns 200 metros, senti  uma dor muito forte na perna e fui me arrastando até o carro e voltei no médico e veio o diagnostico: a vareta (órtese) havia se rompido e teria que fazer nova cirurgia para ligar a quebradura da tíbia. O médico, vendo minha frustração, ofereceu um tratamento alternativo com emissão de ondas de radio, que segundo ele, acelera o metabolismo e aumenta a consolidação dos ossos. Foram 100 sessões (03 meses) de 40 minutos e já estava até conseguindo dar uns passos sem as muletas e parecia que tudo estava indo bem. Durante uma sessão de fisioterapia, quando a profissional fez uma pressão sob o meu pé, o mesmo deslocou para baixo um 05 centímetros e ai o caos foi instalado.
Sem poder pisar no chão, voltei ao médico e o mesmo disse que agora somente com cirurgia e eu resolvi pedir uma segunda opinião. Um segundo ortopedista informou que realmente o caso era cirúrgico e optei por continuar o tratamento com este profissional. A cirurgia ocorreu 03 meses após a consulta e ao contrário do primeira, esta foi mais agressiva, pois foi feito um corte vertical de 40 cm  e foi introduzida um órtese de aço inox. Voltei para uma consulta de rotina 15 dias após e foi notado que os parafusos que fixavam a órtese haviam se soltado e era necessário fazer outra cirurgia para consertar.
Depois de ter alta hospitalar, após esta cirurgia reparadora, voltei para casa e dias depois acordei com muita febre e voltei ao médico. Estava com 40º e o corte da cirurgia havia infecionado e tive que ficar internado mais de 40 dias para tratar desta infecção. Bem, pensei, agora tudo vai ficar bem. Passado quase um ano da cirurgia, voltei no médico e após as radiografias de rotina, ele constatou que a fratura estava consolidada e que eu poderia voltar a ter um vida normal. Só que não! Minha alegria durou exatamente 20 minutos e voltei a sentir fortes dores no local da quebradura. Voltei no médico e constatou que a  órtese havia novamente quebrado e que, infelizmente, ele, juntamente com outros médicos, teriam que fazer outra cirurgia, mas desta vez, usaria órtese de titânio, que além de ser extremamente cara, apresenta uma resistência muito maior que a de aço inoxidável.
Marcada a cirurgia, 03 ortopedista participaram da operação, onde tiraram pedaços de osso da cabeça do fêmur, cortaram um pedaço do osso da perna e ligaram tudo novamente com a tal barra de titânio. Mais 05 meses de repouso e dentro da minha casa, indo ao banheiro, com o maior cuidado, voltei a sentir a dor na região da quebradura. Não é possível, pensei! A cirurgia foi feita com titânio, eu estava usando bota ortopédica e muletas e mesmo assim, foi diagnosticado que a órtese de titânio havia quebrado e que seria necessário uma nova cirurgia, mas desta vez, a fixação seria externa, com uma gaiola em torno da perna.
Fiquei com este equipamento por 14 meses. Ninguém merece.

Mesmo contrariado, depois de 03 anos de tratamento, tive que fazer esta nova cirurgia, desta vez em Ribeirão Preto, com outro especialista e de lá sai com uma estrutura de ferro imensa, que prendia minha perna, me permitia pisar, mas doía muito, pois conforme o tempo ia passando, os ferros iam causando ferimentos e deixaram lindas cicatrizes em minha perna. Mas sobrevivi a este terror e cerca de 14 meses após ter colocado a gaiola,  voltei no médico e ai foi dado o diagnostico final. Esta curado. E realmente estava. A perna ficou mais curta, o tornozelo ainda não tem a mesma flexibilidade e ai eu pensava que tudo iria voltar ao normal, quando fui fazer a pericia no INPS, um médico após ver as radiografias e medir o diâmetro da minha perna, me aposentou por invalidez.
Sai da pericia feliz por ter conseguido me aposentar e acreditava que poderia trabalhar para completar a renda da familia, mas ai começou o segundo drama, que permanece até os dias de hoje. Ninguém queria me contratar por conta do sistema de aposentadoria e eu não podia abrir mão do recebimento que este beneficio proporciona e com isso, o tempo foi passando, as economias acabando e acabando. Tive que vender minha casa, mudar para uma zona rural e continuo numa queda  constante na qualidade de vida.
Por isso que o titulo do meu artigo “Morar no Paraiso e viver no Inferno”. Não desejo isto para ninguém, mas os amigos sumiram. Passo dias sem receber uma mensagem, um e-mail, nada! É como se eu não tivesse existido para eles e olha que fiz muito para muitos. Isto tenho consciência, mas a vida é isso.
Que nunca aconteçam com vocês!