Morreu o homem Dr. Hermes Pardini, médico, empresário de grande sucesso
na área laboratorial. Infelizmente, a morte, que não poupa ninguém, escolheu
agora este momento para este grande homem partir.
Entre centenas ou milhares de boas ações que este homem praticou em
vida, sempre com atenção e carinho a todos que o procuravam, eu tive nele o meu
anjo da guarda, pessoa que literalmente mudou minha vida.
Meu espaço no Linkedin é pequeno, mas vou resumir ao máximo minha
relação com este grande homem. Não o conhecia pessoalmente, apenas por nome,
quando ele chega até mim em Salvador, durante um congresso e me convida para
gerenciar a parte comercial de coleta de apoio a outros laboratórios, projeto
ainda bem no inicio. Aceitei o desafio e depois de 11 anos, fiz a minha parte e
com a visão empreendedora do Dr.Hermes Pardini, tornamos o laboratório num dos
maiores do mundo. Os números são fáceis de confirmar. Hoje, não existe um
laboratório no Brasil que nunca foi ou é cliente do Laboratório Pardini. Quando
deixei a empresa em 2006, havíamos na nossa carteira mais de 9600 clientes
cadastrados e um volume médio diário de 30.000 pacientes.
Minha lembrança do Dr. Hermes Pardini não se resume somente ao trabalho,
mas sim a momentos que passamos juntos em situação inusitada, como certa vez
ele me convidou para acompanha-lo ao cinema onde assistimos juntos o filme
“Mestre dos Mares” ou em outra ocasião, no Shopping Center da Barra fomos ver
junto um filme brasileiro que era sucesso na epoca. Eu, entre tantos, era
escolhido por ele para este tipo de evento e muitas ocasiões, eu era chamado na
sala dele, no final do expediente, e assistíamos na TV algum filme ou
documentário. Lembro certa vez que estavamos em São Paulo, em visita ao nosso escritório naquela cidade, quando ele mostrou desejo de comer pastel numa feira
livre. Lá fomos nós dois e ele estava muito feliz,pois era uma coisa que não
conseguia fazer em Belo Horizonte por ser uma pessoa muito conhecida. Por cerca
de quase 02 anos morei numa casa vizinha da dele, casa esta, que antes da minha
chegada, era moradia de sua filha Regina Pardini. Uma recordação que é inesquecível, que sempre que eu voltava de viagem, ele, junto com o Jorge, sempre íamos jantar num dos diversos restaurantes da região e as vezes ficávamos jogando conversa fora até o bar fechar. Fizemos isso muitas e muitas vezes.
Tenho muitas saudades deste grande homem, que através da sua empresa,
terá o seu nome imortalizado e daqui a muitas gerações ainda falaram em Hermes
Pardini. Que assim seja. Descanse em paz, meu grande amigo. Vou sentir muito
sua falta.
Luis Antonio Gonçalves