quarta-feira, 31 de março de 2021

AMAPÁ - O FILHO DISTANTE

                   

Marco Zero - A linha do Equador corta a cidade de Macapá

                     Em possibilidades naturais, salvo se for por negócio, visitar o Amapá é muito difícil. Estive lá por 03 vezes. Duas delas fui de avião e uma vez fui e voltei de barco.e sempre a trabalho, mas nestas viagens tive oportunidade de conhecer muita coisa bonita, que pretendo contar neste espaço do “blog”.

Aqui começo o Brasil - Divisa com a Guiana Francesa


                    Primeiro alguns dados geográficos, informações extraídas da Wikipédia, mas que podem estar ou não atualizadas, visto que o último censo aconteceu em 2010, mas vamos lá: O Amapá está situado a nordeste da Região Norte e faz divisa com o Estado do Pará, pela Guiana Francesa, pelo Oceano Atlântico e pelos Rios Amazonas e Suriname. É literalmente um mar de água, não é uma ilha, mas é cercado de águas. Foi elevado a categoria de estado em 1988 e foi escolhida para ser a capital a cidade de Macapá. Sua população está estimada em 850.000 habitantes.

Porto de Santana - O ponto mais próximo da Europa e EUA


                    Todas as atividades comerciais se concentram em Macapá e em menor escala na cidade de Santana, onde esta, localizado o porto comercial do estado e por ali escoa toda a produção dos produtos ali produzidos.

Ponte turística sobre o Rio Amazonas -  Ótimo lugar ver o por do sol


                    Confesso que nas vezes que estive em Macapá, pude apreciar a beleza do por do sol na ponte que avança sobre o Rio Amazonas, que proporciona um momento inesquecível, como também a visita à Fortaleza de São José do Macapá, um lugar histórico, construído pelos portugueses em 1761, para se defender dos franceses que desciam o Rio Oiapoque para atacar os redutos portugueses.

Fortaleza de São José do Macapá - Ponto turístico imperdível


                    Em Macapá tem uma zona franca, onde também é praticado um comércio mais atrativo para os moradores do estado, mas ela, embora supervisionada pela Superintendencia da Zona Franca de Manaus, fica muito aquém de produtos e oportunidades da capital  amazonense.

                     Como escrevi mais acima, estive em Macapá por três vezes, numa delas em avião comercial, sem nenhum problema, outra resolvi ir de barco e foi uma viagem inesquecível, tanto pela beleza como o medo que passei, pois, durante o trajeto, no início da noite, caiu um forte tempestade, que durou mais de horas e o barco virou uma casca de noz. Balançava ao movimento das ondas. Foi uma noite de terror.  Na terceira viagem, já desistira da fantasia de viajar de barco e fui de avião de carreira e após terminar o meu trabalho, minha próxima parada era Manaus. Um voo comercial levava cerca de 03 horas, devido escala em Santarém. Eu confesso que não curto muito viajar em aviões comerciais. Eles voam a grandes altitudes e você fica o tempo todo sentado num banco, se ter o que fazer e nesta última viagem que fiz a Macapá, resolvi voar para Manaus num avião da TABA, uma aeronave Bombadier, que voava a baixa altitude e seguia praticamente, o tempo todo, o leito do Rio Amazonas. O grande atrativo desta viagem foi que por voar baixo e mais devagar, dava para ver as belezas da selva amazônica

Pororoca - Encontro das águas do Rio Araguari com o Oceano Atlântico


                        Esta viagem durou exatamente 10 horas. Foi feito escalas em várias cidades, como Óbidos, Oriximiná, Santarém, Parintins. No final, o cansaço já se fazia presente, pois não havia serviço de bordo e a fome era grande, mas foi uma grande aventura. Outro momento inesquecível que vivi em Macapá, foi conhecer o ponto mais distante do Brasil: O Oiapoque. Lá não tinha comercio para o meu produto, mas queria conhecer esta cidade e fui numa van, que fazia o trajeto. A estrada estava esburacada e foi praticamente o dia todo para vencer os 580 km. Queria conhecer as famosas "pororocas", mas não tive oportunidade de faze-lo.

Estadio Zerão - a linha divisória coincide com a do Equador


                        Este é um pequeno pedaço do Brasil, repleto de belezas, muitas riquezas e que poucos brasileiros tiveram oportunidade de conhecer, mas vale a pena, até para curtir uma curiosidade que é a linha do Equador, que corta a cidade e exatamente na  linha divisória do planeta, esta a divisa do campo de futebol Milton de Souza Corrêa chamado popularmente de Zerão. Lugar encantador.

                    







4 comentários:


  1. Como é gostoso ler os contos, faz a gente relembrar da minha viagem a Macapá, cidade com muitos franceses. Parabéns!

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  2. Encantador ler essas histórias, me vi no barco balançando como uma casa a de nozes kkkkk que terror!

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  3. Encantador ler essas histórias, me vi no barco balançando como uma casa a de nozes kkkkk que terror!

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