Um pequena historia do
tempo da LTN, que ficou engraçada tempo depois. Tinhamos terminado o dia e
estavamos conversando naquele bar que ficava bem ao lado da editora e chovia
leve naquele momento. Tinha um grupo reunido, alguns supervisores e o papo
estava todo descontraído.
Eu havia comprado
naquela semana um sapato mocassim, com sola de látex, todo bonito para a epoca
e estava me achando o máximo, pois alguns colegas haviam gostado do meu sapato
e iriam comprar também. O papo rolava
animado, quando descendo a Martins Fontes vinha uma linda mulher, uma morena
alta, cabelo pretos e ao passar por mim, nossos olhares se cruzaram e senti um
leve sorriso e ela continuou seu caminho e eu fiquei ali parado vendo-a se afastar, até que um dos
colegas que lá estavam, me incentivou a ir conversar com a mulher.
Eu confesso que sou tímido para este tipo de situação. Não gostava de correr risco. Ia somente na
certeza e ali era uma situação de risco, mas de tanto insistir, resolvi
arriscar. Eu estava ainda vestido a caráter, camisa branca e uma gravata
vermelha e com o paletó nos braços. Nesta altura, a mulher já estava defronte à farmácia, aquela em frente ao local onde funcionava o Tribunal do Trabalho, já
quase na esquina da Consolação.
LOCAL ONDE ACONTECEU O TOMBO. |
Me enchi de coragem e
fui atrás da morena, que nesta altura já estava no cruzamento da Consolação com
a Avenida São Luis. Apertei o passo e a chuvinha continuava caindo, deixando o
chão escorregadio e fui me aproximando. Quando estava na Avenida São Luis, defronte
ao Hotel Hilton eu a alcancei e fiquei ao lado dela e estendi minha mão
para me apresentar, mas quis o destino que o encontro acabasse ali mesmo.
Quando me virei para cumprimenta-la, no local havia um pequeno declive e meu
lindo sapato escorregou naquela piso molhado e eu que estava segurando a mão
mulher, cai, levando-a comigo.
Foi o maior mico da
historia. A mulher se levantou rapidamente e eu também, mas não tive tempo nem
de me desculpar, pois ouvi toda sorte de xingos e palavrões como o disparo de
uma metralhadora. Só me restou pedir desculpas e voltar frustado, com a calça
molhada pelo tombo e de sobra um rasgo na camisa e a bela morena, bem... ficou
a historia.
Permita-me o trocadilho: "percalços da juventude" haahahaha....
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