Capitulo 11 – A Grande
Surpresa
As férias tinham chegado ao
fim. Era hora de começar tudo novamente e no domingo a tarde, antes do início
dos trabalhos, despedi da família e fui para São Paulo. Chegando, já era praxe
utilizar o Hotel Bourbon e já na recepção encontrei diversos colegas de
trabalho e colocamos as novidades em dia.
No dia seguinte, pela manhã,
já na LTN, todos os vendedores estavam presentes e era aquele burburinho da
alegria do reencontro. Era bonito de ver os homens todos vestindo ternos, as
mulheres vestindo social, todos cheios de histórias para contar sobre as férias
que havia terminado e foram merecidas, afinal, o ano anterior sido muito
difícil, muitas viagens, muito tempo longe de casa. Era gostoso esse
reencontro.
Eram conversas como estas. O
que você tem para contar? Caramba, você trocou de carro? Nossa, você foi
visitar sua família lá naquela cidade distante depois de tanto tempo? Legal,
hein, conseguiu convencer a namorada ficar noiva e já marcou a data do
casamento? Terno novo? Cara, torrei todo o dinheiro do decimo terceiro e agora
preciso fazer umas campanhas boas para voltar a ter grana novamente? Era tudo alegria!
Depois do alvoroço inicial do
encontro, lá vem os manda chuvas. Falco, Sidney, Manoel e os supervisores. O
Falco comanda o espetáculo e comunica a todos que o Jair e o Morales haviam
deixado a empresa e que seriam escolhidos entre os vendedores, os novos
supervisores. Alguns ficaram pasmos com a notícia, outros nem tanto, mas ficou
aberta a bolsa de aposta de quem seria os novos supervisores. Haviam grandes
vendedores, com muita experiência de vendas e de conhecimento da rotina da LTN,
e os favoritos eram o Ribeiro e o Marçola. Um grupo de 06 pessoas foram escolhidas,
entre elas eu estava no meio e os demais vendedores foram dispensados e
deveriam se apresentar somente no dia seguinte, a tarde, quando seriam
escolhidas as novas equipes, já com os novos supervisores. Estava me sentindo um estranho
no ninho, pois todos os vendedores que concorriam as vagas de supervisores eram
conhecidos de todos e eu era o único novato, pois tinha somente 08 meses de
empresa e não tinha me destacado tanto como vendedor.
Processo de seleção. Quem seriam os escolhidos? |
Fomos entrevistados por todos
os supervisores, pelo Manoel, pelo Tonico e pelo Sidnei e pelo Falco. Foram entrevistas duras,
com perguntas contundentes, que era para fazer o candidato fraquejar ou
desistir. Lembro de uma frase dita pelo Falco. "Olha, você está concorrendo a
uma vaga de supervisor e este cargo requer muita responsabilidade e caso você
venha a ser escolhido e não der certo, você não voltará a ser vendedor, será
demitido. Quer continuar com o processo de seleção?" Quero, respondi e assim foi
o dia todo. A tarde, quando terminou o processo de entrevistas, fomos
dispensados e deveríamos nos apresentar junto com os outros vendedores no dia
seguinte à tarde.
Na reapresentação do grupo,
todos estavam agitados e curiosos para saber que eram os escolhidos. A
ansiedade dos vendedores era pequena diante da minha expectativa. Sabia que não
tinha chance de ser o escolhido, afinal, os outros eram mais experientes e
conhecidos, mas no fundo, tinha uma pequena esperança. Eu era apenas mais um na multidão. Muitos vendedores nunca tinham falado
comigo, apenas um oi de vez em quando, mas havia chegado o grande momento. O Falco, acompanhado da chefia
toda, começou a reunião da tarde, e depois de discursar sobre o que a empresa
projetava para aquele ano, ia anunciar o nome dos escolhidos.
Comemoração pela escolha do Mairo |
Recordo a cena como fosse
hoje: Falco dizendo: o primeiro escolhido foi o vendedor Mairo! Foi uma
explosão de palmas e gritaria de alegria. O Mairo tinha um bom relacionamento
com os vendedores e com a chefia. Em seguida, o Falco, pediu silencio a todos e
disse que o segundo supervisor seria o Luis Antonio. Quase desmaiei. O silencio
na sala foi incrível. Por alguns segundos, se caísse uma agulha no chão dava
para ouvir o barulho. Depois, timidamente, uma salva de palma, mas a surpresa
era geral.
Reação da minha promoção |
Afinal, quem era este tal de
Luis Antonio? Perguntavam os que não me conheciam e passado este momento,
começou o sorteio das equipes. Como disse anteriormente, todas as equipes
tinham um vendedor faixa A, que puxava a equipe e o que caiu na minha equipe
foi o melhor deles naquele momento, que era o Agno, com que tinha um
relacionamento de amizade mínimo. Havíamos conversado algumas vezes durante o
ano anterior, mas não podia considerar um amigo. Era um colega de trabalho.
Minutos depois, a situação se acalmou e cada supervisor foi para uma mesa com sua
equipe traçar a estratégia da campanha do GBT que se iniciaria no dia seguinte
em São Paulo. Era praxe iniciar os trabalhos pela Capital e depois as viagens.
Não recordo todos os vendedores da minha primeira equipe, mas consigo recordar
que o Agno, Ângela, Bimbato, Sergio Dias, Kalil faziam parte
dela. Eu lamento não recordar o nome dos demais, mas todos foram grandes
amigos.
Após a reunião inicial, senti
o Agno incomodado por estar naquela equipe, com um supervisor que não conhecia,
que não confiava e simplesmente participou da reunião quieto, não fez nenhum
comentário. Pegou sua atribuição e saiu para trabalhar. Era uma terça feira.
Quarta e quinta a equipe vendeu alguns contratos, mas o Agno entrou improdutivo
todos os dias. Estava preocupado com a situação. Eu estava sendo testado e o
principal vendedor da equipe estava insatisfeito e não produzindo.
Conversei a respeito com o
Manoel, inclusive sugeri que ele fosse trocado de equipe, para o bem da empresa
e também da minha campanha. O Manoel, disse não! Você é o supervisor e tem que
fazer sua equipe vender. Marquei uma reunião com a equipe
na sexta feira a tarde, mas antes conversei em particular com o Agno e disse a
ele que minha escolha tinha sido feita pela diretoria da empresa e eu não tinha
nenhuma influência nisso, mas gostaria que ele confiasse em mim e que a
equipe precisava muito da experiência dele. Algo mágico aconteceu então.
Logo depois de nossa conversa,
nos reunimos em torno de uma mesa e fizemos um balanço da semana e ai o Agno
mostrou todo seu talento como um grande vendedor e deu uma aula de vendas para
a equipe e pra mim também. Foi o Agno que eu não conhecia e nem imaginava que
existia. Paciente, brincalhão, astuto, participativo, foi ele nesta reunião e
saímos dali com o astral lá em cima. A partir de agora seria uma nova vida, uma
nova equipe.
Como muitos devem saber, a LTN
fazia permutas com os hotéis e locadoras de veículos em troca de anúncios nas
suas publicações e naquela ocasião, eu e mais um grupo, estávamos hospedados no
Hotel San Marino, que ficava próximo à Rua Martins Fontes. Depois de encerrada
as atividades daquele dia, parei um pouco no Bar do Dinei e em seguida fui para
o Hotel, onde jantei e fui dormir. Por volta de 06 horas do sabado, já amanhecendo, toca
o telefone do meu apartamento e chega a pior notícia: O Agno havia se envolvido
numa discussão no bairro onde morava e fora baleado, vindo a falecer.
Literalmente, o mundo caiu! Eu
e mais alguns amigos fomos ao velório e era difícil acreditar o que os olhos
mostravam. O Agno se fora e deixou muitas saudades. Uma perda lamentável. Mas a
vida segue e tínhamos que seguir em frente. Estava com a equipe desfalcada e
quem assumiu o papel de Faixa A da equipe foi a Ângela (A. Guerreiro) e apesar
de todos nossos esforços, terminamos a campanha em último lugar. Levamos uma
lavada das outras equipes.
Como era minha primeira
campanha como supervisor, eu acabava sendo presa fácil para o Silvio,
Meneghetti, Alexandre, Manoel, Falco, Sidney e volta e meia, estava entrando
numa fria, as vezes provocada por eles outras por falta de experiência mesmo.
Veja uma trapalhada que fiz em Salvador, que deu muita dor de cabeça: Estávamos hospedados Hotel Praiamar, bem no início da
Barra.
Troquei mais de 40 passagens |
Lá estávamos todas as equipes, pois Salvador era uma praça grande e
depois dali cada equipe seguiria para um outro destino. Bem como eu era
principiante, a tarefa de office-boy era sempre designada a mim e desta vez não
foi diferente. O Sidney e o Falco também estavam lá e me deram a ordem de ir
até o Aeroporto marcar as passagens para todas as equipes e pronto, nenhuma
instrução adicional. Peguei um carro e segui para o Aeroporto, que fica a mais
de 30 quilômetros distante do hotel, com mais de 40 passagens e fiz a marcação
de acordo com o recomendado e voltei para o hotel todo orgulhoso, afinal eu
nunca havia feito aquele serviço e o tinha concluído com mérito.
Ai que começou
a confusão. Eu realmente fiz a marcação correta dos destinos, mas misturei
todos os bilhetes. Resultado desta confusão teve homem viajando com passagem de
mulher, mulher embarcando com passagem de homem, o maior caos. Levei a maior
bronca da minha vida e nunca mais me pediram para fazer este tipo de serviço.
Mas teve também neste local duas
situações inusitadas que vale a pena ser contada. Tinha uma ficha especial que
deveria ser resolvida, na cidade de São Gonçalo do Campo, onde estava
estabelecida a empresa Menendez & Amerino. Esta empresa era, na época, a
maior fabricante de charutos, dominava mais de 80% da produção nacional. Lá era
fabricado os lendários charutos cubanos Montecristo, H.
Upmann e Por Larrañaga.
O melhor charuto do mundo |
Esta era uma ficha muito
especial para a minha equipe e resolvi ir com o vendedor resolve-la. Não era procedimento
corriqueiro o supervisor acompanhar o vendedor para resolver fichas, mas de vez
em quando, isto acontecia. Chegando na empresa, fomos prontamente atendidos por
um senhor muito simpático, que era um dos sócios e ele foi tão
atencioso, que acabamos perdendo praticamente o dia todo naquele cliente.
Primeiramente, fez questão de nos mostrar como era feito o charuto, processo
totalmente artesanal, desde a separação até o corte e o enrolamento
das folhas em forma de charuto, trabalho este que era feito somente por mulheres, que com extrema
habilidade, enrolava as folhas sobre um pano colocando sobre as pernas. Nós
queríamos fechar o contrato e ir logo embora, mas quem disse que ele queria que
fossemos. Nos convidou a ir até o escritório e apreciar um Montecristo.
Nunca havia fumado um charuto
antes e dei uma engasgada, que foi motivo de muito riso por parte do cliente.
Depois discutimos a publicidade e ela foi renovada sem nenhum problema, mas
mesmo assim não conseguimos sair dali. Ele nos convidou a almoçar com ele, num
local próximo da fábrica, que servia a melhor comida de São Gonçalo. Tentamos
argumentar que tínhamos outros compromissos, mas não teve jeito, ele não abria
mão de nossa companhia para o almoço. Acabamos cedendo ao convite.
Imaginava eu que quando ele
disse que iriamos comer a melhor comida da cidade, que
seria um restaurante, mas ledo engano, ele nos levou a uma casa simples e bateu
palmas e saiu uma senhora negra, grande, gorda, com um pano amarrado na cabeça,
toda sorridente e nos convidou para entrar e ficar a vontade. Confesso que
estava constrangido, mas já não tinha como recuar, mas dentro da casa desta
senhora havia um local na varanda com umas 05 ou 06 mesas, tudo
muito simples, mas tudo muito limpo. Quando a comida foi servida, toda a
propaganda feita correspondia a verdade. A refeição servida era
sensacional, tão boa, que até hoje ainda consigo recordar. Quando finalmente
nos despedimos, ganhei uma caixa de charuto, que para limpar a barra e ficar
bem na fita, por ter passado o dia todo fora, a presentei ao Manoel, que
aceitou agradecido, embora não fumasse.
Bimbato |
Alguém deve se lembrar do
Bimbato. Era um vendedor simpático, amigo de todos e se dava muito bem com as
mulheres. Bem, ele recebe uma atribuição de uma ficha de novo da Concessionária
Chevrolet de Salvador, que ficava no caminho do Aeroporto. Era uma grande
empresa e foi lá que o Falco comprou na época, e deixou todo mundo de queixo
caído, um Opala Preto Comodoro, na época, o melhor carro do mercado nacional.
Bem, voltando ao Bimbato, ele
com sua simpatia, conquistou a garota que era responsável pela área de
marketing da empresa e tinha o cargo de diretora. De início o negócio não saiu,
mas ele continuou visitando-a, convidou-a para jantar e surgiu uma boa amizade
entre eles e num determinado dia ele aparece com um contrato assinado: Ele
tinha vendido uma página colorida para a empresa. Era o maior contrato de novo
da campanha até então. Chequei o contrato e não teve nenhum problema, até
começar a cobrança. Aí o bicho pegou, pois, o cliente tinha entendido que o
valor combinado seria somente pago uma vez e não doze vezes. Deu muita dor de
cabeça, pois o anuncio custava o equivalente a um carro novo por mês. De Salvador fomos para o Hotel
Atalaia em Aracaju, onde trabalhamos poucos dias e em seguida para Recife, onde
ficamos somente 01 dia e depois para João Pessoa.
Equipe em João Pessoa |
Olha ela ai novamente |
La, nos hospedamos
num hotel que ficava no centro da cidade, que poderia se chamar Hotel Rio Branco
ou São Francisco. De lá fomos para São Luiz, no Maranhão, antes paramos
rapidamente em Fortaleza e deu tempo de conhecer a famosa feirinha. Nesta época
já estava recebendo pró-rata e dava para comprar algumas lembranças. Eu comprei
uma camisa e uma bermuda estilo cearense e fui para São Luiz com esta roupa. Ao
entrar no avião, a bermuda começou a descosturar e eu cheguei em São Luiz
praticamente de saia. Nesta viagem, ainda dentro do avião, o Manoel, que sempre
tinha umas charadas legais, fez uma pergunta pra mim, que demorei uns meses
para resolver. Ele perguntou qual era o nome de homem, no singular, que
terminava com a letra A. Não podia ser José Maria ou coisa que valha. Demorei
para matar a charada, mas tinha resposta.
Hotel Vila Rica |
Em São Luiz, ficamos num dos
bons hotéis das viagens, o Vila Rica. Hotel 05 estrelas, com ótimos
apartamentos, uma piscina maravilhosa e tinha uma vista magnifica da maior maré
do mundo, quando o mar invade a cidade por mais de 15 quilômetros. Na vazante,
os barcos ficam encalhados até a próxima maré. São Luiz é uma cidade fundada
pelos portugueses e a parte central da cidade é toda tombada pelo Patrimônio da
Unesco, e nada pode ser mexido sem autorização deste órgão, em consequência, no
aspecto estético, a parte velha da cidade pode ser considerada do ponto de
vista funcional, muito feia, mas do ponto de vista histórico é um espetáculo.
Muito bonito ver aqueles casarões antigos revestidos com azulejos importados de
Portugal a mais de 400 anos e ainda resistem ao tempo. Suas ruas, na parte
velha da cidade são estreitas e na sua maioria o piso é revestido de
pedras.
Nesta igreja, todo dia, tinha uma senhora que a pleno pulmões orava. Pode até ser ela na foto. |
Neste lado que localizava o
Hotel Vila Rica, bem ao lado de uma igreja católica, que para acessa-la,
subia-se uma escada com uns 15 degraus e dali saia uma varanda que rodeava toda
a frente da igreja e mais uns dois degraus para entrar dentro da igreja
propriamente. Era uma igreja antiga, com ricos detalhes na sua decoração. Nunca
fui a uma missa, mas era bem frequentada. O que recordo era de uma senhora, que
diariamente subia nesta varanda, e a pleno pulmões, pregava a bíblia as vezes
para ninguém, mas nunca faltava.
Outro personagem folclórico
era um senhor que se vangloriava de não cortar os cabelos a mais de 30 anos. O
cabelo dele era todo amarrado e descia pelas costas, num rolo de uns 15
centímetros de diâmetro e vinha até o chão. Era curioso de ver, mas
desaconselhável de chegar perto, pois este senhor vivia pela rua e banho não
era o seu esporte predileto. A decoração do Hotel era toda voltada para o
folclore maranhense, destacando a dança do Boi Bumba, uma celebração que o povo
daquela terra encara como o Carnaval do Rio de Janeiro. Um grande espetáculo.
A cidade velha é ligada à
cidade nova por duas pontes e neste outro lado da cidade, fica uma metrópole
moderna, com grandes hotéis, praias lindíssimas e muitas casas de shows, onde
prevalece o ritmo reggae, tendo como ícone Bob Marley. Tudo era bonito, praias
paradisíacas, piscina fantástica, encontro com famosos, mas tínhamos que voltar
ao trabalho, afinal, não estávamos fazendo turismo.
Pela manhã, era uma fila assim que se formava na porta do hotel |
Estava lá como minha equipe e também
a equipe se a memoria não enganar do supervisor Meneghetti e também com a
presença do supervisor chefe Manoel, que na época era um “amor” de pessoa. Não
dava moleza e pegava no pé mesmo. O Manoel de hoje não lembra, a não ser pelo
físico, o Manoel daquela época. Bem, nesta cidade, tínhamos que fazer o Estado
do Maranhão em 05 dias e como estávamos viajando de avião e não houve permuta
com a Localiza para aquele estado, a solução foi arrumar táxi. Era uma loucura,
pela manhã, aquela fila de táxi parado na frente do hotel, cada um com um
destino. Eles, os taxistas, estavam felizes com o trabalho, afinal havia
atribuição para todas as cidades do interior. Imagine sair de São Luiz e ir até
Açailândia (mais de 400 km só de ida), trabalhar e voltar a tarde e no dia
seguinte começar tudo de novo.
Foram grandes aventuras. Não
podemos negar que ganhamos dinheiro, mas não podemos também dizer que foi
fácil, muito pelo contrário, cada centavo ganho foi muito merecido. Nesta primeira campanha, fomos
até Belém, onde ficamos num dos melhores hotéis de todas as campanhas que trabalhei.
O Hilton, um hotel fantástico, que começava a servir o café da manhã a partir
das 04 horas. Em resumo, este foi o primeiro Guia Brasil Telex como supervisor.
Apanhei muito, mas aprendi muito também, lições que me ajudariam no futuro a
montar uma equipe vencedora.
Continua no próximo capitulo
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